Epistemologias do Sul, História do Tempo Presente e a teoria alter-nativa Zapatista
PDF
EPUB

Palavras-chave

Southern Epistemologies
History of the Present Time
Zapatism
Theory of History
Methodology of Historical Research Epistemologias do Sul
História do Tempo Presente
Zapatismo
Teoria da Historia
Metodologia da Pesquisa Histórica

Como Citar

Guerra, R. (2020). Epistemologias do Sul, História do Tempo Presente e a teoria alter-nativa Zapatista. Pacha. Revista De Estudios Contemporáneos Del Sur Global, 1(3), 76-87. https://doi.org/10.46652/pacha.v1i3.40

Resumo

O presente artigo reflete sobre as bases históricas que fundaram uma hegemonia no campo epistemológico da produção de saberes válidos e, concomitantemente, suprimiram um vasto universo de saberes tradicionais, evidenciando a colonização como um evento histórico que, para além das expropriações físicas, também promoveu uma expropriação no campo epistemológico do saber. Assim, percebe-se a fragilidade do dito paradigma científico moderno para compreender as complexidades do mundo, fomentando discussões referentes a um novo paradigma científico insurgente, atrelado às Epistemologias do Sul e ao pensamento zapatista, como caminhos a serem trilhados na busca de um paradigma emergente, que compreenda de forma mais profunda as relações entre os homens, entre os homens e a natureza e com à própria temporalidade na qual está inserido. Finalmente, conclui-se que esta emergência de novas percepções científicas para o conhecimento suscita novas contribuições para as construções e desconstruções das fronteiras da ciência e do cientista, além de questões sobre o seu papel prático no mundo.

https://doi.org/10.46652/pacha.v1i3.40
PDF
EPUB

Referências

Albuquerque Júnior, D. M. (2007). História: a arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da história. Edusc.

Almeida, M. C. (2010). Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição. Livraria da Física.

Barros, J. D. (2015). O projeto de pesquisa em história: da escolha do tema ao quadro teórico. Vozes.

Bengoa, J. (2000) La emergencia indígena en América Latina. Fondo de Cultura Económica.

Braudel, F. (1992). A longa duração. In: Escritos sobre a História. Perspectiva.

Comité Clandestino Revolucionario Indígena – Comandancia General del Ejército Zapatista de Liberación Nacional (1996). Cuarta Declaración de La Selva Lacandona. https://enlacezapatista.ezln.org.mx/1996/01/01/cuarta-declaracion-de-la-selva-lacandona/

Comité Clandestino Revolucionario Indígena – Comandancia General del Ejército Zapatista de Liberación Nacional (1994). Primera Declaración de La Sela Lacandona. http://enlacezapatista.ezln.org.mx/1994/01/01/primera-declaracion-de-la-selva-lacandona/

Gohn, M. G. (1995). Movimentos e lutas sociais na história do Brasil. Loyola.

Gutiérrez Chong, N. Sobre la cultura y los estudios culturales (2019). In, Giménez, G.; Gutiérrez Chong, N. Las culturas hoy (pp. 93-110) . Universidad Nacional Autónoma de México.

Leyva, X. et al. (2015). Prácticas otras de conocimiento(s): Entre crisis, entre guerras (Tomo I). Cooperaiva Editorial Retos.

Lisboa, A. M. (2014). De América a Abya-Yala–semiótica da descolonização. Revista de educação pública, volume (23), pp. 501-531.

https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/1751/1320

Maldonado-Torres, N. (2008). La descolonización y el giro des-colonial. Tabula rasa, volume (9), pp. 61-72. http://www.scielo.org.co/pdf/tara/n9/n9a05.pdf

Mignolo, W. (2008). Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Caderno de Letras da UFF, volume (34), pp. 287-324.

http://professor.ufop.br/sites/default/files/tatiana/files/desobediencia_epistemica_mignolo.pdf

Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In, E. Lander (Org.). A Colonialidade do Saber–Eurocentrismo e Ciências Sociais–Perspectivas Latino-americanas, (pp. 107-130). CLACSO.

Rousso, H. (2009). Sobre a História do Tempo Presente: Entrevista com o historiador Henry Rousso. Tempo e Argumento, volume (1), pp. 201-216.

https://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/705/pdf_12

Shiva, V. (2003). Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. Gaia.

Santos, B. S. (2009). Prólogo. In, Leyva, X. et al. Prácticas otras de conocimiento(s): Entre crisis, entre guerras (Tomo I), (pp. 12-21). Cooperaiva Editorial Retos.

Santos, B. S. (2010). Um discurso sobre as ciências. Cortez.

Santos, B. S; Meneses, M. P. (2009). Epistemologias do sul. Almedina.

Subcomandante Insurgente Marcos (1994). La historia de las preguntas. https://enlacezapatista.ezln.org.mx/1994/12/13/la-historia-de-las-preguntas/

Subcomandante Insurgente Marcos (2008). In, Nem o centro e nem a periferia: sobre cores, calendários e geografias. Felício, E; Hilsenbeck, A (Org.). Deriva.

Subcomandante Insurgente Marcos (2007). Ni el Centro ni la Periferia. https://enlacezapatista.ezln.org.mx/2007/12/13/conferencia-del-dia-13-de-diciembre-a-las-900-am/

Subcomandante Insurgente Marcos (2009). Tercer Viento: un digno y rabioso color de la tierra.

http://enlacezapatista.ezln.org.mx/2009/01/04/tercer-viento-un-digno-y-rabioso-color-de-la-tierra-tercer-mesa-del-3-de-enero/

Viveiros de Castro, E. (2015). Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. Cosac Naif

Creative Commons License

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Rodrigo Guerra

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...